segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

domingo, 30 de outubro de 2011

tsc.

mais perto.

encalhado nessa cidade assustadora, os sinais de trânsito estão balançando e os telefones estão mudos. o chão está estalando de frio. ela levou meu coração, eu acho que ela levou minha alma. com a lua eu corro rra longe da carnificina do sol impetuoso. movido pela veia saltada, sem mostrar piedade eu faço de novo. abra bem seus olhos. você continua a chorar, querida. eu te sangrarei até secar. os céus piscando para mim, eu vejo uma tempestade borbulhando de lá do oceano.

longing.

running with the streetlights, laughing at the grave he swears he's gonna give it up. It's never gonna be enough, I just wanna be there when you're all alone. thinkin' 'bout a better day when you had it in your bones. this could be the end, this could be the end, this could be the end, this could be the end. I see you in the evening sitting on your throne, playin' with a fireball.

kings.

a single book of matches gonna burn what's standing in the way. roaring down the mountain, now they're calling on the fire brigade (...)

é isso aí!

sem título não vale nada.

  Escrevemos para nos entendermos, ou vemos no ato de escrever uma fuga para algo que podemos nos tornar – ou queremos – e podemos desde que escrevamos sobre os nossos eus que subsistem? Eu acredito que o que eu escrevo não sendo eu, de certa maneira, já sou. Acredito que o que eu escrevo sem querer – querendo – é meu mesmo não sendo: mesmo aquilo que não posso ver, mesmo aquilo que vem dos confins que desconheço: conheço, a partir daí.
  Seria, então, um aborto provocado de sentimentos se eu, não sentindo nada, viesse expressá-los? Seria perigoso, mesmo para mim, exorbitar esses sentimentos uma vez que já estejam mortos? Mesmo que a morte que quase transparece, não seja morte, seja sono. Que seja desmaio. Que seja anseio de não voltar a sentir.
  Sentindo-se como se não sentisse. É engraçado o modo como os sentimentos conseguem essa impessoalidade impecável de sermos sem podermos explicar. Agora mesmo te digo que não sinto e logo te digo que sinto o nada. E aí tento ouvir o que o sentimento tenta me dizer: é muito baixo, não posso. Onde, mais uma vez digo: quanto mais me busco, mais me sinto perdido por não saber. E se buscar fosse esperar; e se esperar não fosse apenas aguardar por alguns dias, meses ou anos: e se fosse esperar pelo resto dos dias? Esperaria, eu? E se já não se tratasse de mim; se o que vivo e o que serei já me é inerente desde que nasci? Morreria, então, aguardando?